Brasileiros apontam desejo de mudar de emprego em 2022

Brasileiros apontam desejo de mudar de emprego em 2022

Janeiro 31, 2022 Não Por Redação

 

 

Pesquisa mostra que entre os jovens, 61% querem um novo trabalho neste ano.

 

 

Início de ano é a época de repensar o estilo de vida, definir uma carreira, começar um novo projeto ou emprego. E um estudo divulgado pelo LinkedIN, feito em dezembro de 2021, mostra bem essa tendência sobre reflexões acerca das decisões e rumos profissionais. A pesquisa, com mais de 1.000 respondentes, aponta que 49% dos brasileiros estão considerando mudar de emprego este ano. E a porcentagem é ainda mais alta entre os profissionais jovens de 16 a 24 anos, atingindo 61%.

A psicóloga clínica, Andrea Wronski, enfatiza que, além da prematuridade na escolha, a impermanência da geração atual influencia no resultado da pesquisa. “Cada vez mais cedo se requer dos jovens que estabeleçam escolhas, sem eles terem muita clareza do que querem para o futuro. E o fenômeno da impermanência faz com que os jovens de hoje ousem fazer uma nova escolha. Eles não se vêem presos a uma escolha definitiva e transitam nas buscas e trocas com muito mais facilidade e fluência do que as gerações anteriores, que tinham o emprego como algo permanente e era dramático pensar na mudança”, explica.

As mudanças e escolhas profissionais também são influenciadas pelas novas oportunidades de emprego que surgiram nos últimos anos, com destaque para a área tecnológica. Entre as dez profissões que mais cresceram no Brasil estão analista de sistemas, analista de suporte, analista business intelligence e desenvolvedor.

Gabriel Fronza Marcos, é um bom exemplo. Formado em Engenharia Civil antes de completar 22 anos de idade, encontrou na época um mercado saturado em meio a um período de crise, instabilidade política e descobertas de corrupção em obras públicas. “Com o setor afetado, obras foram paralisadas, financiamentos para moradias congelados, um verdadeiro caos”, lembra. Na época, uma tia que atuava há mais de 10 anos na área de desenvolvimento, sugeriu que ele começasse a estudar para a área de desenvolvedor. “Sempre tive facilidade em aprender lógica e cálculo, e a lógica é a base da programação e do desenvolvimento. Em 2017, iniciei na empresa de tecnologia Mouts, decidido a permanecer até encontrar alguma vaga na área de Engenharia”, conta.

Mas, isso não aconteceu. Em dezembro de 2021, Gabriel completou quatro anos na empresa de tecnologia, onde atua como Desenvolvedor Full Stack e já é capaz de programar em várias linguagens, discutir arquitetura, participar de reuniões em inglês, coordenar equipes, entre outras tarefas. “A adaptação nas primeiras semanas foram extremamente difíceis, pois a rotina e as atividades relacionadas ao desenvolvimento em comparação a engenharia eram muito diferentes. Porém, após seis meses as atividades já aconteciam de forma natural e comecei a cogitar abandonar a área de engenharia. Em um ano, me apaixonei pela área de TI e o que mais me motiva são os desafios, a rotina dinâmica e o constante aprendizado”, frisa Gabriel.

De acordo com uma recente pesquisa do International Data Corporation  IDC, o investimento em Transformação Digital seguirá crescendo a uma taxa anual de 15,5% até 2023. Com isto, ainda em 2022, 70% das empresas terão acelerado o uso de tecnologias digitais. Ainda, segundo a lista Empregos em alta em 2022 divulgada pelo LinkedIn, o setor de tecnologia e computação atualmente é um dos mais promissores e se destaca entre as 25 posições mais buscadas nos últimos cinco anos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também mostram que enquanto a economia de maneira geral registrou retração de 0,1% no segundo trimestre de 2021, a atividade de informação e comunicação, que abrange a área de TI no Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 5,6%.

E para quem deseja seguir a carreira de desenvolvedor, Gabriel aconselha respirar fundo, persistir e aprender um pouco de tudo. “Sugiro ser proativo, ter a mente aberta e entender que nem sempre é possível ter o controle de tudo que acontece. Talvez a linguagem de programação não seja o que você queira no momento, mas você estará evoluindo sua lógica, sua forma de pensar e sua conexão com as pessoas”, enfatiza.

Já Jonata Cardoso de Souza acertou de primeira na escolha profissional e segue há 11 anos na área de tecnologia. A formação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e a paixão por desafios o fez em quatro anos evoluir e ter um cargo de destaque dentro da empresa de tecnologia Mouts. Jonata já passou por funções como desenvolvedor, Tech Lead, agilista e atualmente atua como Scrum Master e, recentemente, assumiu a missão de Key Account de uma companhia global. “Sempre acreditei em um propósito de vida, em fazer a diferença na vida das pessoas. Escolhi a área por estar sempre em constante evolução, com isso é necessário estudar e se aperfeiçoar periodicamente, pois sempre nascem novas linguagens ou novos processos de softwares”, conta.

Equilíbrio entre vida profissional e pessoal também influencia na hora de escolher um emprego

O equilíbrio entre o profissional e o pessoal foi um dos pontos destacados em um relatório divulgado pelo Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac), sendo que 53% dos brasileiros querem mudar de profissão após o fim da pandemia e um dos principais motivos é a busca por esse equilíbrio.

As principais motivações para esse percentual também foram obtidas com os desejos de um salário mais alto, uma função mais significativa, redução da jornada de trabalho e a busca por trabalho prazeroso.

E tanto para os iniciantes como para os profissionais já experientes na área de TI, a potencialização do trabalho remoto também ampliou o leque de opções. E para quem procura acertar em cheio o alvo desejado, a Analista de RH da Mouts, Cristiane Bachmann, compartilha algumas dicas certeiras:

Mantenha seu currículo atualizado com experiências profissionais bem descritas, objetivos, competências.

O Linkedin é uma excelente ferramenta para te ajudar na conquista de um novo emprego, mantenha-o atualizado e o mais completo possível.

Faça uma lista das empresas em que gostaria de trabalhar e invista em networking com profissionais que já atuam lá.

Quando for chamado (a) para uma entrevista, se prepare para ela, estude sobre a empresa, não se atrase e se a entrevista for remota esteja em um local tranquilo, sem barulho ou movimento de outras pessoas. Ah! E não esqueça de checar antes câmera e microfone.

Por último e não menos importante, persista, persista, persista. Atitude positiva e persistência são fundamentais nesse processo. Não esqueça, só não consegue quem desiste.

 


Presse Comunicação