Brasil: virada para a energia limpa
Novembro 30, 2023
Ana Paula Lima
Deputada federal (PT/SC) e secretária da Primeira Infância, Infância, Adolescência e Juventude na Câmara dos Deputados
No momento que o mundo se reúne em torno da COP 28, que acontece em Dubai, até 12 de dezembro, o Brasil se prepara para lançar o desafio da economia de baixo carbono e desmatamento zero. O presidente Lula explicou que o país está preparado para o desafio da transição e fazer 100% de energia limpa. E foi além, ao afirmar que o Brasil está em vantagem em relação aos outros países, pois 87% da nossa energia elétrica provêm de fontes limpas e renováveis.
É fato que a geração de energia solar, eólica, biomassa e etanol cresce a cada ano. Sabe-se que a produção de eletricidade é um problema, pois é apontada como a principal causadora do aquecimento global. Daí surgem as enchentes do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina ou o aquecimento desenfreado em São Paulo e no Rio de Janeiro. Esses desarranjos provocam incertezas e exigem medidas urgentes para que possamos garantir um futuro equilibrado aos nossos filhos e netos.
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), 87,5% da energia elétrica produzida no Brasil vem de fontes renováveis, sendo 72,1% de hidrelétricas, 13,4% de energia eólica e 2% de energia solar. As oportunidades de negócios geradas a partir da energia vem de todas as partes. Os exemplos são os mais diversos. Hoje, o Rio Grande do Norte é o maior produtor de energia eólica do Brasil. Junto com os estados da Bahia, Ceará e Piaui, responde por 84% da energia do país gerada por esta fonte.
A energia eólica é obtida através do aproveitamento do vento, que é o movimento das massas de ar. Para transformar a energia dos ventos em energia elétrica são usados aerogeradores, que possuem imensas hélices que se movimentam de acordo com a quantidade de vento no local.
Se tem vento, também tem sol. O Brasil que já está entre os dez países com maior potência instalada acumulada da fonte solar fotovoltaica. Pegando o estado do Piauí como exemplo, estamos falando de 12 horas de sol por dia, o estado lidera o ranking na geração de energia solar. De fato, um país abençoado e bonito por natureza.
Os compromissos estão sendo feitos e as metas estão sendo cumpridas. Ao anunciar a redução do desmatamento da Amazônia em 2023, o governo mostra que a meta precisa ser alcançada. A redução ajudou o Brasil a diminuir as emissões de gases do efeito estufa. As fontes de energia renováveis são o grande desejo dos países, pois são inesgotáveis. Basta citar alguns exemplos para perceber esta riqueza.
São fontes, como a hídrica (energia da água dos rios), a solar (energia do sol), eólica (energia do vento), a biomassa (energia de matéria orgânica), geotérmica (energia do interior da Terra) e a oceânica (energia das marés e das ondas). São consideradas limpas porque emitem menos gases de efeito estufa e isso representa uma vantagem competitiva no mercado brasileiro e mundial.
A nova vedete nesta discussão é o hidrogênio, que não libera CO2 ou Gases de Efeito Estufa (GEE) em seu uso energético. O hidrogênio vem sendo chamado de energia limpa e sustentável, a energia do futuro. A Câmara dos Deputados acaba de aprovar projeto de lei, que inclui o hidrogênio verde e o hidrogênio combustível na Política Energética Nacional. A nova aposta é a de dar escala comercial a etapa de isolamento do hidrogênio a partir de energias renováveis (solar, eólica ou biomassa), o que deixaria o processo “verde”. Esse novo desafio será turbinado pelas metas climáticas dos acordos internacionais, que devem estar na pauta da COP 28.
Com isso, espera-se um mundo mais equilibrado, onde as pessoas não sejam castigadas pelas intempéries climáticas. A Humanidade pede que todos façam a sua parte, é este o nosso papel como cidadãos e cidadãs. É uma causa que pertence a cada um de nós.
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Assessoria de Imprensa