Representantes das Vigilâncias Epidemiológica e Sanitária ressaltam sobre a dengue durante a Sessão Ordinária

Nesta terça-feira, dia 27, os vereadores se reuniram para a realização de Sessão Ordinária, no Plenário Walter Butzke, da Câmara. Após a leitura da pauta do dia, os vereadores votaram uma Moção de Apelo.

A Moção de Apelo é destinada ao Governador do Estado, Jorginho Mello, ao Presidente em exercício da Assembleia Legislativa, Maurício Eskudlark e a todos os deputados estaduais, para que adotem providências legais/regimentais necessárias para suspender a vigência e a execução do art. 9, inciso V da Lei Estadual nº 13.136/2004. A Moção é de autoria do vereador Haroldo Fiebes, sendo que os demais vereadores a subscreveram. A Moção foi aprovada por oito votos.

Na sequência fizeram uso da tribuna a enfermeira da Vigilância Epidemiológica Michele Stolf e a técnica de enfermagem Cristiane Steuck, e também o técnico em Vigilância Sanitária Jaelson Sabino, para explanarem sobre a situação do mosquito Aedes Aegypti, que transmite doenças, sendo uma delas a dengue.

Conforme informações, em âmbito estadual, dentro de Santa Catarina, estamos com 12.885 focos da dengue, com 31.235 notificações e 17.696 casos prováveis.

 Com relação a Chikungunya se tem 126 notificações e 70 casos prováveis, e Zika vírus são 30 notificações e sete casos prováveis.

 Conforme Michele, os casos prováveis são os casos suspeitos confirmados.

Sobre os óbitos no Estado, entre 31 de dezembro de 2023 e 19 de fevereiro deste ano, foram confirmados oito óbitos por dengue (cinco de Joinville, um de Araquari, um de Itajaí e um de Itapiranga). Há dois casos que permanecem em investigação (Araquari e Navegantes).

Dados em Timbó

Aqui em Timbó, neste ano, em janeiro o município recebeu 18 notificações sobre os casos de dengue, e em fevereiro já se está com 103 notificações. Neste ano, o Bairro que mais possui notificações é o Bairro Araponguinhas, com 27 casos notificados, na sequência vem o Bairro das Nações com 21 casos suspeitos notificados.

Michelle também frisou sobre os resultados dos exames realizados. “Em 2023 nós tivemos 26 casos reagentes, e neste ano já estamos com 14 casos reagentes. E sobre os casos não reagentes foram 123 no ano passado e este ano já estamos com 43 casos não reagentes”, ressalta.

 Os casos reagentes significam que são resultados positivos, confirmados para a doença dengue.

Com relação aos casos autóctones, que são pessoas que contraíram a doença dentro do município, no ano passado foram sete casos e neste ano há quatro casos. Ainda neste ano de 2024, temos 64 pessoas com suspeita de dengue, que coletaram o exame e estão aguardando o resultado.

Durante a explanação, a enfermeira Michele explicou que a dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, e as arboviroses são doenças causadas por vírus transmitidos principalmente por mosquitos. As arboviroses mais comuns em ambientes urbanos são: dengue, chikungunya e zika, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, ou seja, pela picada da fêmea do mosquito infectada.

Michele também reforçou os sinais e sintomas que podem ser: febre, dor de cabeça; mialgias (dor no corpo); artralgias (dor nas juntas); dor retro-orbital (dor atrás dos olhos). E podem ocorrer também náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele. Em algumas pessoas, a doença pode evoluir para formas graves.  A doença não é transmissível de pessoa para pessoa. A pessoa precisa ser mordida pelo mosquito infectado para contrair a doença.

O tratamento consiste em hidratação, repouso, medicação com orientação médica. Os profissionais pedem para a pessoa não se automedicar e usar repelente.

No mês de fevereiro, segundo Michele, há 11 pessoas com exame positivo para a dengue, e dessas pessoas, cinco pessoas contraíram a doença dentro do município.

O técnico em Vigilância Sanitária Jaelson Sabino relatou que, segundo o Ministério da Saúde, o mosquito da dengue não pode mais ser, tecnicamente falando, erradicado no país, apenas monitorado.

A Vigilância Sanitária do município é incumbida então em fazer o monitoramento do mosquito, principalmente em visitas a locais estratégicos como floriculturas, transportadoras, cemitérios, lojas de materiais de construção, onde são visitados a cada 15 dias.

Jaelson ressaltou também os cuidados que se deve ter em casa para não ocorrer a proliferação do mosquito. Qualquer orientação técnica a respeito ou alguma dúvida, a pessoa pode ligar para a Vigilância Sanitária do município: 3380-7254.

Os profissionais das Vigilâncias, ao final das explanações, responderam a dúvidas de vereadores.

Ao final da Sessão, o presidente Edson José Bona ressaltou sobre a realização da Audiência Pública, através da Comissão de Orçamento, Finanças e Contas Públicas, para apresentação das Metas Fiscais pelo Poder Executivo relativas ao Terceiro Quadrimestre de 2023, que será nesta quarta-feira, dia 28, às 16 horas. E também convocou os vereadores para a próxima Sessão Ordinária que acontecerá em 5 de março, às 18 horas.

Você pode conferir a Sessão completa acessando o link da transmissão através dos canais Facebook e YouTube da Câmara Municipal de Timbó.

Texto e imagem: Viviana Borchardt Berndt / Comunicação CMT