CEO da AsQ enfatiza a necessidade de preparo do mercado para contratações de profissionais com mais de 50 anos
Março 1, 2024
Etarismo nas empresas foi debatido no 1º Meetup da Maturi, em Florianópolis
Segundo dados da Maturi, até 2050 30% da população brasileira terá idade acima dos 60 anos, mas apenas 1% das pessoas nessa faixa etária são contratadas. A expectativa é de que a pirâmide etária do país mude drasticamente nos próximos anos, destacando a necessidade de incluir essas pessoas em novas oportunidades no mercado de trabalho. O assunto foi discutido no 1º Meetup da Maturi, na sede da AsQ, em Florianópolis, nesta sexta-feira (1), voltado para profissionais de recursos humanos.
Diversos representantes de grandes corporações participaram do encontro, que trouxe exemplos reais dos benefícios a longo prazo de contratações de profissionais acima dos 50 anos. “É comum que as empresas pensem que esses funcionários serão mais caros, especialmente devido à questão da saúde. Acreditamos que investir em cuidados primários é a melhor forma de prevenir problemas de saúde e garantir o bem-estar dos colaboradores”, explica Guilherme Hahn, CEO da AsQ, empresa especializada na gestão do cuidado com o colaborador. Ele também ressalta que “o mercado precisa estar atento às mudanças sociais do país e se preparar. Cada vez mais, a população está envelhecendo e tendo menos filhos”.
O CEO da Maturi, Mórris Litvak, também enfatiza que profissionais mais maduros tendem a ser mais pontuais, comprometidos e permanecer na mesma empresa por mais tempo, comparados aos mais jovens. “O Brasil é um dos países que envelhecem mais rápido no mundo. Já somos o sexto país com mais idosos e a tendência é de que esses números aumentem ainda mais. Com a melhoria da qualidade de vida, a expectativa de vida aumenta proporcionalmente. Isso gera uma rede de candidatos altamente qualificados, com vasta experiência em seus setores, e que ainda podem contribuir muito para suas empresas, mas que acabam sendo deixados de lado devido a uma aposentadoria compulsória. Pensando na saúde mental dos idosos, é importante que eles continuem tendo a possibilidade de se manter ativos. Portanto, é urgente que as empresas estejam atentas a essas mudanças”, diz Mórris.
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Daiana Constantino – All Press