Especialistas apontam como investir em saúde nas organizações de forma eficaz

Especialistas apontam como investir em saúde nas organizações de forma eficaz

Novembro 29, 2024 Não Por Redação

 

 

Quando bem implementadas, iniciativas tendem a ter retornos financeiros maiores que outros tipos de investimento

 

 

Com a chegada de 2025, a saúde no ambiente corporativo torna-se um elemento-chave nas estratégias empresariais. Mais do que um simples benefício, os programas de saúde voltados para os colaboradores estão se consolidando como um investimento essencial para diminuir custos, elevar a produtividade e aprimorar a retenção de talentos. Especialistas como Lou Servizio, fundador da WellCast, que se dedica a calcular o retorno sobre investimento (ROI) em saúde preventiva, reforçam que iniciativas bem elaboradas trazem resultados financeiros superiores a outros tipos de investimentos. “Nos últimos 30 anos, os programas de prevenção de doenças têm demonstrado um ROI consistentemente alto, mesmo em períodos de recessão”, destaca.

Lou Servizio

Lou Servizio

Após a pandemia de COVID-19, tornou-se evidente a necessidade de um equilíbrio entre ações voltadas para a saúde física e aquelas voltadas para o bem-estar mental, incluindo ergonomia e controle de doenças crônicas. Tais iniciativas ajudam a combater o absenteísmo e o presenteísmo e promovem a retenção de colaboradores. Um fator crítico para o sucesso é a personalização. Por exemplo, academias internas, apesar de populares, tendem a ser mais utilizadas por quem já está em boa forma. “Os melhores resultados são alcançados ao focar nas pessoas em maior risco, que são as que mais necessitam desses programas”, explica Lou Servizio.

Eduardo Lemes, vice-presidente Comercial da Salvia Saúde Corporativa, adverte sobre a necessidade de evitar medidas imediatistas que visem apenas cumprir novas regulamentações. Ele defende um planejamento a longo prazo: “Doenças crônicas, como diabetes e problemas cardiovasculares, não são resolvidas em um período curto. É preciso um investimento contínuo ao longo de anos para obter resultados duradouros. Esse tipo de abordagem gera não apenas um retorno financeiro positivo, mas também impacta de forma significativa a qualidade de vida dos colaboradores e o sucesso organizacional”, afirma.

Eduardo Lemes

Eduardo Lemes

As empresas que adotarem estratégias robustas e mensuráveis de saúde corporativa estarão em uma posição competitiva privilegiada em 2025, promovendo o bem-estar de seus colaboradores e melhorando seus resultados financeiros. “A saúde não é apenas um benefício; é um investimento estratégico que afeta diretamente o sucesso empresarial”, conclui Lou.

Para 2025, especialistas sugerem cinco passos fundamentais para empresas que desejam investir de forma inteligente em saúde:

1. Priorizar Programas Preventivos Personalizados
Invista em iniciativas que atendam às necessidades específicas dos colaboradores, como saúde mental e ergonomia, com base em diagnósticos detalhados. Isso contribuirá para a redução de custos com saúde a longo prazo e para a retenção de talentos.

2. Avaliar Resultados com Métricas Claras
Estabeleça indicadores que permitam medir o impacto dos programas, como a diminuição do absenteísmo e a melhora no desempenho, além da redução de custos médicos. Utilize questionários antes e depois das intervenções para quantificar o retorno.

3. Elaborar um Planejamento a Longo Prazo
Concentre-se em condições que têm maior impacto financeiro, como doenças crônicas, implementando estratégias de monitoramento contínuo e intervenções efetivas ao longo de vários anos.

4. Engajar Colaboradores em Risco
Dirija suas ações a aqueles que realmente necessitam de cuidados, ao invés de focar apenas em quem já é saudável. Crie incentivos específicos para atrair e manter a participação de grupos em maior risco.

5. Empregar Tecnologia de Forma Eficiente
Utilize plataformas digitais para ampliar o alcance dos programas de saúde, garantindo que os resultados sejam tangíveis, como a redução de estresse ou ansiedade, e não apenas números altos de adesão.

Daiana Constantino – All Press