Exame capaz de identificar alterações na mama pode detectar câncer antes do surgimento dos primeiros sintomas
Fevereiro 5, 2021
Enfermeira detalha procedimento e ressalta que chances de cura podem chegar a mais de 90% quando detectado precocemente
O câncer de mama é uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil e no mundo, e segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), este é o segundo tipo que mais acomete brasileiras, representando em torno de 20,9% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. Esta semana, dia 05 de fevereiro, é celebrado o Dia Nacional da Mamografia, data para ressaltar o principal exame para o diagnóstico precoce, mas que gera receio entre muitas mulheres por acreditarem que ele é doloroso.
– Este exame pode salvar muitas vidas e não há motivos para ter medo, pois é rápido e fácil de se realizar. No momento do exame, a mulher pode sentir um pequeno incômodo nas mamas, o que não chega nem perto do benefício que ele pode trazer. A mamografia é uma radiografia do tecido mamário, feita por um equipamento de raio X chamado mamógrafo, capaz de identificar lesões nos estágios iniciais, explica a coordenadora do curso de Enfermagem da Estácio, Alana Correa.
A enfermeira ressalta que a mamografia pode identificar alterações na mama e detectar o câncer antes do surgimento dos primeiros sintomas, podendo salvar muitas vidas.
– Quanto mais cedo o tumor for identificado, maiores as chances de cura. Para câncer de mama, os casos identificados no início trazem um índice de cura que pode chegar a 98%.
A mamografia, como forma de rastreamento do câncer, é indicada para mulheres acima dos 40 anos, anualmente, como recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia. O Ministério da Saúde recomenda a cada dois anos entre os 50 e 69 anos.
– Abaixo dos 40 anos, a mamografia pode ser indicada para mulheres com caso de câncer de mama na família ou para complementar o diagnóstico, em caso de nódulos palpáveis na mama e se o médico determinar esta necessidade. Em caso de mamas densas, é recomendado que a paciente também faça uma ultrassonografia das mamas para complementar o exame de mamografia.
Alana explica que os principais fatores de risco para o câncer de mama são casos da doença na família, primeira gestação após os 30 anos de idade, não ter tido filhos, primeira menstruação precoce, menopausa tardia, obesidade, alcoolismo e tabagismo. A coordenadora do curso de Enfermagem da Estácio ressalta que a mamografia é o método mais eficaz para detectar precocemente este tipo câncer, mas frisa a importância do autoexame das mamas.
– É importante lembrar que o autoexame das mamas é realizado pela própria mulher, apalpando os seios e ajudando na identificação de tumores maiores. Este deve ser realizado pela própria paciente mensalmente, sete dias antes ou sete dias após o período menstrual. Porém, isso não substitui o exame clínico realizado por profissional da saúde e a mamografia. Mesmo quando a mulher não perceber nenhuma alteração durante o autoexame das mamas, é importante um profissional da saúde examiná-las anualmente.
—
Márcia Oliveira – Jornalista