Aumento no valor dos insumos reflete no setor de água mineral em Santa Catarina

Aumento no valor dos insumos reflete no setor de água mineral em Santa Catarina

Abril 5, 2021 Não Por Redação

 

 

O reajuste anunciado pela Associação Catarinense das Indústrias de Água Mineral vem para suprir uma defasagem de 20%. O setor foi o último a aplicar reajuste em seus preços

 

 

Após mais de um ano que as Indústrias de Água Mineral do Estado vem mantendo seus preços sem alteração, o setor terá que aplicar reajuste no valor dos produtos que saem da fábrica a partir de abril. A medida anunciada pela Associação Catarinense das Indústrias de Água Mineral (Acinam) vem em reflexo ao acréscimo dos insumos, que teve como variação mínima um aumento de 30%. Além da baixa no faturamento, que bateu a marca de 80% no volume de vendas de descartáveis em semanas de lockdown, com o fechamento de restaurantes, bares e academias.

“Em função do cenário de pandemia que estamos vivendo, somos o último setor produtivo a aumentar os preços. Mas agora não temos mais como evitar essa adequação nos valores praticados, uma vez que o setor vem enfrentando dificuldades diante dos recentes reajustes sofridos pelos insumos”, avalia o diretor de comunicação da Acinam, Tarciano Oliveira. Ele explica que o realinhamento aplicado não irá cobrir todos os custos da cadeia, mas será um ânimo para o segmento seguir investindo na melhoria contínua do produto.  O esforço dos envasadores é para reajustar o mínimo possível, apenas para pagar os custos, conscientes que a população já tem uma carga bastante pesada neste momento.

A maior queixa dos empresários catarinenses é em relação ao aumento no custo da resina de plástico, que impacta diretamente no valor do envasamento. Itens como garrafa, tampa, lacre e rótulo tiveram aumentos acima de 30%. Já o acréscimo no filme para embrulhar o fardo foi de acima de 110% e no CO2 de 51%. Mas há ainda outros valores que atuam na definição dos custos de produção e distribuição do produto no mercado, como é o caso do combustível, que sofreu só neste ano um aumento de 50%. Ainda entram nessa conta a energia elétrica, com 12,6%, e alimentação, 18%.

“Temos também como reflexo do cenário atual o aumento nos custos com a implantação de novos protocolos sanitários, os dias de paralisação na produção e o afastamento de colaboradores em decorrência da Covd-19. Por tudo isso chegamos ao limite”, explica Oliveira. Ele acredita que, mesmo não tendo sido uma decisão muito fácil, a medida foi necessária para manter a estabilidade do setor e a manutenção dos empregos.


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