Cidades catarinenses usam telemonitoramento para ampliar eficiência da iluminação pública

Cidades catarinenses usam telemonitoramento para ampliar eficiência da iluminação pública

Junho 23, 2020 Não Por Redação

Adoção da tecnologia diminui custos e facilita identificação e solução de falhas com maior rapidez

A tecnologia está por toda parte, até mesmo nas luminárias de ruas das chamadas “cidades inteligentes”. Por meio de sistemas de telemonitoramento do serviço de iluminação pública (IP), é possível acompanhar em tempo real se há lâmpadas acesas, apagadas ou piscando. Também pode-se controlar a intensidade luminosa, reduzindo assim o consumo de energia em horários específicos, ou desligar a iluminação de uma rua inteira. Essa já é uma realidade que vêm sendo incentivada através de projetos nas cidades catarinenses Florianópolis, Joinville, São José, Blumenau, Indaial e São Francisco do Sul, onde opera o Consórcio SQE LUZ, e em Santos (SP), com o SQF LUZ. O município de Joinville, por exemplo, já conta com 10.000 pontos de iluminação com máxima eficientização e aplicação de sistemas de telemonitoramento.

“Comumente o processo para a substituição de uma lâmpada queimada, por exemplo, começa com a solicitação por parte do morador, que liga para os canais de atendimento, que enviam esse pedido às equipes que efetivamente realizam a mudança. No entanto, com a tecnologia do telemonitoramento que adotamos, esse defeito é detectado automaticamente, possibilitando solução muito mais rápida”, explica Gilberto Vieira Filho, presidente da QUANTUM Engenharia, empresa que integra esses dois consórcios.

O serviço de IP no Brasil, até 2014, era prestado pelas concessionárias distribuidoras de energia elétrica. Porém, isso mudou em atendimento a uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que passou aos municípios a responsabilidade de gerir operação, manutenção, expansão e inovação do sistema de IP, seja de forma direta ou contratando empresas privadas para a gestão da iluminação pública. É o caso dos consórcios citados. O custeio é feito com verba municipal específica, a COSIP – Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública, instituída pelo artigo 149-A da Constituição Federal.

Além de deixar a cidade mais bonita e padronizada, o investimento em IP eficiente é considerado essencial e ferramenta de segurança, por exemplo, por inibir o crime, ao oferecer melhor possibilidade de identificação. Ainda, amplia a visibilidade para o trânsito à noite e incentiva a interação social e a prática de atividades ao ar livre aos fins de tarde. Outro benefício é aos cofres públicos.

“Adotar sistemas de eficiência energética significa, entre outras coisas, implementar modernização da iluminação pública com substituição das lâmpadas antigas pela tecnologia LED, que garantem eficiência luminosa muito superior às anteriores e proporciona, em média, 50% de economia no consumo de energia e, consequentemente, na conta da energia, gerando retorno maior em investimentos ao contribuinte”, salienta Guilherme Azambuja, executivo de soluções de iluminação pública da ENGIE Brasil, que também participa dos consórcios SQE e SQF LUZ.


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