Conjuntivite relacionada à primavera exige cuidado e tratamento adequado
Outubro 11, 2023
O problema desencadeia um aumento no movimento de coçar os olhos e prejudica ainda mais a saúde ocular
A primavera é considerada por muitos a época mais agradável do ano. A estação das flores deixa tudo mais colorido e alegre. Por outro lado, é um dos períodos que exige mais cuidado com a saúde dos olhos, devido a maior incidência de alergias oculares.
Neste período é comum o aumento de incidência de conjuntivite primaveril ou vernal, que ocorre em razão da maior concentração de pólen no ar. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, a conjuntivite alérgica atinge cerca de 20% da população, tornando-a uma das principais manifestações alérgicas em crianças e adolescentes.
O médico oftalmologista, presidente da Sociedade Catarinense de Oftalmologia, Ayrton Ramos destaca que os sintomas podem ser coceira, olhos inchados, vermelhidão, ardor e desconforto à luminosidade. “Em casos mais severos, essa reação alérgica pode lesionar a córnea e com isso comprometer a visão”. Por isso, a recomendação ao surgir os sintomas é buscar atendimento de um médico, evitando assim, problemas graves de visão.
Ramos ressalta que a maior preocupação dos oftalmologistas com o aparecimento da conjuntivite é o hábito de coçar os olhos. “Na tentativa de amenizar a irritação ou a coceira, a pessoa fricciona demais essa região, o que pode causar lesões, úlceras, olho seco e até a perfuração do olho”, aponta.
A busca por acompanhamento médico é essencial para o tratamento adequado, já que segundo o oftalmologista, a conjuntivite alérgica tem duração maior do que as de origem infecciosa, necessitando de cuidados mais prolongados através de medicação que reduz a inflamação.
Além do tratamento medicamentoso é importante manter cuidados no dia a dia para o alívio dos sintomas, como o uso de umidificadores de ar, evitar o contato com o pólen, ao invés de coçar, fazer compressas frias nos olhos para evitar a coceira e manter os ambientes arejados e livres de pó, mofo, ácaros ou outros agentes alergênicos.
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Francelise Martini – Sociedade catarinense de Oftalmologia