Consumidor tem até o fim de 2022 para garantir isenção de taxa de energia solar. Veja o que muda
Agosto 10, 2022
Quem instalar o sistema até 31 de dezembro será beneficiado por 23 anos. A partir de 2023, o Marco Legal da Geração Distribuída prevê mudanças no sistema de geração. Especialista da Solar Vale explica o que muda e como agilizar projetos de instalação
Economia de até 95% na conta de luz e, de quebra, geração sustentável de energia para a casa, o comércio e a indústria. Esses são os principais atrativos da energia fotovoltaica, gerada por dispositivos que captam a luz do sol. Que a energia solar é vantajosa – sendo hoje a terceira maior fonte de matriz elétrica no Brasil, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – não há dúvidas. Mas o consumidor que quiser garantir a isenção da taxa de geração deve correr: com a sanção do Marco Legal da Geração Distribuída, mudanças estão previstas no segmento. A primeira delas é justamente a cobrança de taxa mensal referente aos custos de distribuição de energia, por meio do sistema conectado à rede de distribuição de energia.
Thomas Henrique Knock, CEO da Solar Vale, companhia de referência em soluções para energia fotovoltaica com mais de mil usinas instaladas, explica que o prazo de isenção termina em 31 de dezembro. “Isso significa que, quem tem a intenção de implantar esse sistema deve se organizar para validar o projeto e realizar a implementação até esse prazo. O ideal é contar com apoio especializado já no desenvolvimento do projeto de engenharia, agilizando a validação junto aos órgãos competentes e até mesmo facilitando a tomada de crédito com as instituições de financiamento”, diz.
Consumidores que realizarem a implantação até a data terão isenção até 2045 – serão 23 anos de custos reduzidos que incluem liberação da taxação. “Hoje a média de economia mensal de uma indústria com energia solar chega a 90% da fatura de luz. Considerando o aumento da conta de luz, que chegou a 114% nos últimos sete anos – mais que o dobro da inflação no período – o payback do investimento acontece em curto prazo”, avalia.
De acordo com Thomas, após o Marco Legal da Geração Distribuída, a economia proporcionada pela energia fotovoltaica segue atrativa. “Mesmo a partir de 2023, haverá uma transição para cobrança da tarifa e ela representa, por exemplo, menos de 30% da conta de luz. As bandeiras tarifárias, amarela e vermelha, não incidem sobre essa taxa, somente sobre o consumo. Portanto, podemos prever que a economia seguirá na casa dos 70%”, calcula.
Investimentos no setor crescem
Entidades do segmento apontam que, desde 2012, foram realizados R$ 86,2 bilhões em novos investimentos no campo da energia solar, gerando mais de 479,8 mil empregos acumulados no país. O sistema evitou, ainda, a emissão de 23,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Para empresas que desejam implantar a energia solar, as linhas de crédito têm se tornado uma opção viável, visto que o juro pré-fixado, somado à economia de energia, garante o pagamento da estrutura em poucos anos. “Na prática, especialmente a indústria, paga a parcela de financiamento com a economia na conta de luz. Ao fim do pagamento, além do paypack do investimento, passa a ter economia constante, visto que não está mais sujeito ao aumento gradativo registrado na energia elétrica”, conclui o especialista.
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Sabrina Hoffmann
Jornalista – assessora de imprensa