Consumidores estão sem “folga” no orçamento; como lançar produtos e serviços nesse cenário
Junho 7, 2024
Apesar da situação, comércio varejista catarinense cresceu 4,4% no primeiro trimestre, segundo pesquisa da Fecomércio SC. Especialista da O4B detalha como se inserir nesse mercado
A pesquisa anual da McKinsey sobre os hábitos de compra do consumidor brasileiro indicou que as pessoas estão sem “folga” no orçamento em 2024, com 49% dos entrevistados apontando a inflação como maior preocupação. Na prática, isso significa que os consumidores estão menos fiéis às marcas, seguindo os produtos com preço mais atrativo e combinando compras on-line e em lojas físicas em busca da melhor oferta.
Apesar desse cenário, o comércio varejista catarinense cresceu 4,4% no primeiro trimestre, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio da Fecomércio SC. Foram as vendas de produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos que impulsionaram as vendas no período.
Frente a essa situação, pode ser desafiador definir uma estratégia para o lançamento de novos produtos ou serviços no mercado. O especialista em consultoria estratégica para negócios e sócio-fundador da O4B, Marco Antonio Oliveira, opina que é fundamental ter uma boa estratégia de Go to Market (GTM).
“O GTM é um conjunto de estratégias para lançar um novo produto ou serviço no mercado. É preciso produzir um plano de ação para esse lançamento, o que envolve pensar no público, em canais, de forma sistêmica”, declara.
Outra dica do especialista é a personalização. “Nesse cenário, o marketing ganha muito peso. As comunicações personalizadas têm mais chances de conquistar esse consumidor do que aquelas que não são bem direcionadas”, afirma. O especialista ainda cita a combinação entre a experiência digital e física para maior sucesso nas vendas. “A depender do negócio, o WhatsApp pode ser um excelente canal de vendas. Também é possível disponibilizar descontos na internet para serem usados em lojas físicas”, comenta.
O live commerce é um exemplo de estratégia que tem dado resultados positivos nos mercados de vestuário e beleza. Ele consiste em uma transmissão ao vivo que tem o objetivo de vender um produto, e tem sido utilizado por pequenos comerciantes até grandes empresários do ramo.
“Esse mercado movimentou 131 bilhões de dólares em 2021 apenas na China, de acordo com o eMarketer. Esse é um país que tem muito a ensinar ao Brasil nesse segmento. Somos o segundo maior mercado de live commerce do mundo”, detalha o especialista. Esses lançamentos podem vir acompanhados de descontos exclusivos, para gerar uma resposta mais rápida do consumidor. Como é um formato dinâmico, também é possível demonstrar ao vivo o uso do produto, o que gera maior proximidade.
“É preciso olhar para esse consumidor e investir em pesquisas de mercado e em consultorias se for necessário. Temos muitos exemplos de clientes que têm atingido grande sucesso ao fazer esse exercício de se questionar se o mercado está preparado para o lançamento, e buscar ajuda para ajustar a estratégia”, finaliza.
Giulia Machado
Trevo Comunicação