Desembargador Jorge L. Costa Beber despede-se do Tribunal de Justiça de Santa Catarina
Maio 6, 2020 Não Por RedaçãoO Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em sessão virtual realizada nesta quarta-feira (6/5), apreciou e aprovou o pedido de aposentadoria formulado pelo desembargador Jorge Luiz Costa Beber. Ele ingressou na carreira em 1991, como juiz substituto, inicialmente com lotação na comarca de Blumenau. Posteriormente, já como juiz de Direito, atuou nas comarcas de Fraiburgo, São Lourenço do Oeste, Videira, Criciúma e novamente Blumenau. Assumiu como desembargador substituto no ano de 2011 e, posteriormente, como desembargador titular. Por último, atuava como presidente da 2ª Câmara de Direito Civil do TJ.
Durante a sessão, os colegas fizeram questão de homenageá-lo. “Ele sempre demonstrou comprometimento total a sua função de magistrado. Um colega excepcional, com decisões muito bem fundamentadas e com um senso de justiça a toda prova. Pelo grande magistrado que é, certamente vai deixar a sua marca no Tribunal de Justiça de Santa Catarina”, sublinhou o desembargador Luiz Cezar Medeiros. “Fará muita falta no nosso Tribunal. Um grande magistrado, com suas observações pertinentes e sempre com muito conteúdo jurídico”, pontuou o desembargador Paulo Henrique Moritz Martins da Silva.
Em tempo de pandemia, sem a possibilidade de uma despedida junto aos colegas, o desembargador Costa Beber deixou registrado:
Depois de quase trinta anos de exercício contínuo da judicatura, ao decidir voluntariamente encerrar esse ciclo, pude experimentar, com todo vigor, a extensão do amor que nutrimos pela instituição a que pertencemos e pela causa da Justiça. A crença no dever cumprido atenua, mas não afasta, o abatimento oriundo da ausência diária do convívio com queridos colegas, dos estudos com os devotados auxiliares e da lida incessante de dizer o Direito, atribuindo a cada um o que lhe pertence, tudo isso a antecipar inexcedíveis recordações.
De fato, o término de uma longa jornada na magistratura deixa em nosso íntimo uma sentida noção de privação, ficando, porém, menos triste quando olhamos para os anos que deixamos para trás e constatamos que realmente foram bem vividos, com a certeza de que faríamos tudo outra vez.
Difícil falar em despedida. Quem passou por três décadas exercendo a função jurisdicional não se desvincula. Ainda me resta fôlego e disposição para um novo projeto de vida, que pretendo logo empreender na área jurídica, e por isso não sinto, agora, no desfecho desta etapa em que estive Juiz, um verdadeiro desenlaçamento do Poder Judiciário.
Nesse instante, só me resta agradecer – pela enriquecedora convivência – aos eminentes colegas magistrados, que terei sempre vivos na memória; aos integrantes do Ministério Público; aos advogados catarinenses e aos zelosos servidores, especialmente aos assessores e assessoras com quem mantive assíduo contato profissional.
Vamos em frente, sempre com otimismo, abrindo espaço para renovação, permitindo que um novo colega, merecedor de nosso afeto e consideração, chegue a esse Tribunal e experimente, um dia, a mesma emoção que sinto agora.
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros – Reg. Prof.: SC00445(JP)
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Pamyle Brugnago
Jornalista
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