Especialista alerta sobre a importância de bons hábitos alimentares para a saúde

No dia 31 de agosto, é celebrado o Dia do Nutricionista. A data foi instituída em 1949 pela Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN), tendo como um de seus objetivos conscientizar a população sobre a importância da função dos alimentos, que vai muito além de simplesmente nos manter saciados.

“O nutricionista é o profissional habilitado e destinado a trabalhar com questões ligadas ao alimento e à alimentação, sendo indispensável no processo de promoção de hábitos saudáveis. Além disso, ele tem o dever de defender o direito à alimentação de qualidade, levando em consideração as práticas socioeconômicas e culturais da população”, explica a nutricionista e docente da Estácio, Juliana Ricarte.

Juliana destaca que nos últimos anos a sociedade tem vivido um processo de transição nutricional e consequentemente, é possível perceber o aumento na incidência de doenças crônicas não transmissíveis. “O alimento tem papel importantíssimo nesse contexto, pois por meio dele conseguimos proteger a nossa saúde”, defende.

Obesidade
A data também acende um alerta sobre os distúrbios do peso. De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2022, publicado pela Federação Mundial da Obesidade(World Obesity Federation), a patologia deve atingir quase 30% da população adulta do Brasil em 2030. Segundo a Federação, o Brasil está entre os 11 países onde vivem a metade das mulheres com obesidade.

O levantamento também prevê que um bilhão de pessoas em todo o mundo viverão com obesidade em 2030 (17,5% de toda a população adulta). Segundo o Atlas, uma a cada cinco mulheres e um a cada sete homens estarão obesos daqui a oito anos.

“Dessa forma, é de extrema necessidade abordar sobre o assunto para que, cada vez mais, as pessoas tenham consciência para se alimentar de forma correta e saudável. A obesidade é um fator de risco para várias outras doenças como câncer, hipertensão arterial, problemas cardiovasculares e cerebrovasculares, apneia do sono e diabetes, que são apenas alguns exemplos dessa extensa lista”, adverte Juliana Ricarte.

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Márcia Oliveira – Jornalista