Estudantes de Blumenau disputam o Festival SESI de Robótica em Brasília

Estudantes de Blumenau disputam o Festival SESI de Robótica em Brasília

Março 16, 2023 Não Por Redação

 

 

Competição nacional reúne 2 mil jovens de todo o país e reforça a importância do ensino da robótica na educação básica; melhores equipes se classificam para disputas internacionais

 

Estudantes catarinenses, de escolas públicas, privadas e da rede de educação básica do SESI e do SENAI – a Escola S, estão em Brasília para disputar a etapa nacional do Festival SESI de Robótica. A competição de robótica educacional, considerada a maior do Brasil, é aberta ao público e participam jovens de Blumenau, Concórdia, Criciúma, Florianópolis, São José, Rio do Sul e Tubarão.

O SESI é a operadora oficial das competições da FIRST. O torneio ocorre de 15 a 18 de março na Arena BRB Mané Garrincha e reúne 2 mil jovens de todo o país. O evento reforça a importância do ensino da robótica na educação básica, despertando nos estudantes a atração por carreiras mais tecnológicas. Os competidores, com idade entre 9 e 19 anos, desembarcaram em Brasília depois de meses dedicados à programação e à construção de robôs e ao desenvolvimento de projetos sociais e de inovação.

“Na rede de educação básica do SESI e do SENAI em Santa Catarina, a robótica já está consolidada como uma relevante ferramenta de aprendizagem”, explica o diretor de educação e tecnologia da FIESC, Fabrizio Machado Pereira. “Essa é uma característica muito peculiar da educação que oferecemos, focada no ensino da ciência, matemática, engenharia e tecnologia. Também temos avançado na capacitação de estudantes da escola pública, por meio de parcerias que vêm sendo firmadas com prefeituras para a oferta de cursos no contraturno escolar”, ressalta, destacando o impacto da robótica, inclusive, na educação pública.

Torneio em Brasília tem diversas atrações gratuitas

Além do torneio de robótica, que mostra o impacto da metodologia de ensino STEAM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes/Design e Matemática) na formação pessoal e acadêmica dos jovens, o evento terá uma programação paralela, que inclui:

– Oficinas makers do SESI Lab gratuitas para as famílias nos quatro dias de evento, com montagem de carrinho movido à vela e a motor, lançador de foguete e robô;

– Seminário Internacional SESI SENAI de Educação, com a participação de especialistas e representantes do Ministério da Educação para discutir políticas e inovações na educação brasileira, na quinta-feira (16) a partir das 14h e na sexta (17) das 9h às 16h30; haverá transmissão pelo Youtube dos canais do SESI e do SENAI.

– Exposição sobre o papel da educação na reindustrialização do país, com projetos desenvolvidos pelo SESI, pelo SENAI e por seus estudantes.

Entenda como funcionam o torneio e as modalidades 

A competição de robótica acontece em quatro modalidades, que variam de acordo com o desafio, o porte do robô e a idade dos competidores:

FIRST LEGO League Challenge (FLL): alunos de 9 a 16 anos formam equipes de 2 a 10 integrantes para construir robôs feitos de peças de LEGO, que devem cumprir uma série de atividades e somar o máximo de pontos em 2 minutos e meio em três rounds. O time ainda é responsável por idealizar e criar um projeto de inovação, que é uma solução para um problema real dentro da temática da temporada, que, neste ano, é Energia. Cerca de 700 estudantes divididos em 100 equipes (3 equipes de garagem, 11 de escolas públicas, 19 de escolas privadas e 67 de escolas SESI).

FIRST Tech Challenge (FTC): estudantes do ensino médio constroem robôs maiores, de até 19kg, a partir de um kit de peças reutilizáveis, tecnologia Android e uma variedade de níveis de programação baseada em CAD, Java e Blocks. Os competidores desenvolvem um portfólio de engenharia para detalhar o funcionamento dos robôs, que devem cumprir atividades, como carregar blocos, em uma arena. Serão 490 alunos, de 55 equipes (2 de escolas públicas, 4 de escolas privadas e 49 de escolas SESI e SENAI).

FIRST Robotics Competition (FRC): categoria mais complexa, envolve alunos do ensino médio, que constroem e programam robôs de porte industrial, que chegam a 55 kg e têm mais de 1,5 metro de altura, para também realizar tarefas em uma arena. Esse é o primeiro ano em que o Brasil realiza uma etapa classificatória para o mundial, em Houston, nos Estados Unidos. A competição é bastante consolidada lá fora, onde os times são patrocinados por grandes empresas, como General Motors, Apple, Xerox, Google, GE Energy, Toyota, que acabam utilizando o torneio para identificar talentos. Serão 520 estudantes, de 44 equipes (3 equipes da Colômbia, 9 de escolas públicas, 3 de escolas privadas e 29 de escolas SESI e SENAI).

F1 in Schools: o projeto educacional da FÓRMULA 1 instiga os estudantes a montarem escuderias, com três a seis integrantes. As equipes constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h em uma pista de 24 metros de comprimento. Serão 240 estudantes, de 45 equipes (todas de escolas SESI).

Estudantes que disputam as competições da FLL se classificaram na etapa regional em Itajaí – Crédito: Grazieli Scottini/Fiesc


ALINE CAMARGO
Presse Comunicação