Os desafios e particularidades da Catharina Sour, primeiro estilo brasileiro de cerveja

Incluída no guia internacional Beer Judge Certification Program (BJCP) no fim de 2021, a bebida tem frutas frescas na composição, que dão sabor único aos rótulos, mas desafiam processos de conservação. Mestre cervejeiro da Das Bier explica detalhes sobre a bebida

De cor, sabor e acidez únicos, a Catharina Sour tem a cara do Brasil – não à toa é o primeiro estilo de cerveja nacional, incluída no fim de 2021 no guia internacional Beer Judge Certification Program (BJCP). A principal diferença no estilo é a utilização de frutas frescas – geralmente tropicais, como morango e maracujá – na composição. Assim, frutas, malte e lúpulo se completam em um equilíbrio entre a acidez e o dulçor.

O mestre cervejeiro da Das Bier Cervejaria, Eduardo Rausch, explica que por ter uma quantidade considerável de fruta na composição, a produção da Catharina Sour traz alguns desafios. “Os açúcares das frutas podem servir de alimento para a levedura e/ou bactérias que podem prejudicar a cerveja, por isso o ideal é mantê-la sempre refrigerada para evitar a refermentação”, diz o profissional, responsável pelo rótulo da Das Bier, que leva morango e maracujá na composição.

Entre as características que mais chamam a atenção do público, segundo Rausch, estão a cor e a refrescância. “A nossa Catharina Sour se destaca pela tonalidade avermelhada, que encanta o cliente. Além disso, é uma das opções mais pedidas nas estações mais quentes, por conta da refrescância do drinkability”, diz.

A conservação, no entanto, é um ponto que precisa ser observado. De acordo com o mestre cervejeiro, é por conta da composição que a Das Bier optou em comercializar o rótulo apenas na versão chope, em growlers, para garantir a preservação do produto. “O tempo de validade também é mais curto do que outros tipos de cerveja, o que merece atenção. Por isso, comercializar em garrafas de vidro pode ser um problema, além de um custo-benefício nada atrativo para a cervejaria”, avalia.

Sucesso entre o público feminino e opção de coquetéis

Larissa Schmitt, diretora da Das Bier, diz que é inevitável não associar a Catharina Sour com o público feminino. “Obviamente, e cada vez mais, a cerveja é uma bebida feita para todos. Mas nosso histórico de vendas mostra que as mulheres gostam muito do rótulo, até porque ele remete um pouco aos frisantes e espumantes, que historicamente já fazem mais sucesso entre elas”, comenta.

Além de ser apreciada como chope, não é incomum ver o rótulo ser utilizado em coquetéis, onde a cor é utilizada para acentuar a atratividade do drink. A bebida ainda faz sucesso na harmonização com pratos à base de peixes, por exemplo, e pode ser a escolha ideal para recepções a convidados onde são servidos pratos de queijos e saladas, além do ceviche.

Sobre a Das Bier Cervejaria

Uma das pioneiras do mercado cervejeiro catarinense, a Das Bier foi fundada em 2006 e aposta em rótulos artesanais com sabores marcantes e variados. Incluem o mix os estilos Pilsen, Weizen, American IPA, Australian Pale Ale, Stout, Stark (Scotch Strong Ale), Catharina Sour Morango e Maracujá e Chope de Vinho. O negócio familiar traz não só a marca de cervejas, encontrada no varejo e em comércio eletrônicos, como também um restaurante com menu à base de peixes e harmonizado com as bebidas da casa, além de um pesqueiro com ampla área de lazer – espaços que reforçam o lema da empresa: da nossa casa para a sua casa.

Divulgação
Catharina Sour, da Das Bier, leva maracujá e morango na composição

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Roberta Koki