Páscoa: como harmonizar vinhos com os chocolates mais clássicos – e duas inovações
Março 28, 2023
O sommelier da Decanter Blumenau Sidney Lucas dá sugestões de combinações para aproveitar esta dupla ao máximo
A Páscoa começa a dar as caras e logo queremos combinar chocolate com tudo, e uma das combinações mais clássicas é com bons vinhos, afinal, quem não ama essa dupla? Para ajudar quem não quer fazer feio, o sommelier da Enoteca Decanter Blumenau, Sidney Lucas, preparou uma lista com harmonizações exclusivas.
Na lista do especialista estão os chocolates mais clássicos – aqueles que todo mundo recebe pelo menos um durante a Páscoa: ao leite, branco e amargo (70% cacau). Mas, os que gostam de uma novidade também tem vez e, por isso, Lucas também tem sugestões para dois tipos “diferentões”: o chocolate ruby e o chocolate gold.
Confira as combinações:
Chocolate Ao Leite
O mais conhecido dos tipos de chocolate é, na verdade, uma receita. O chocolate ao leite é mais cremoso e adocicado, pois leva em sua composição cerca de 30% cacau, leite e açúcar. Para combinar com toda essa doçura, o sommelier Sidney Lucas indica o Vieira de Sousa Porto Fine Ruby, um vinho do Porto encorpado, de aroma intenso de cerejas e ameixas maduras, junto de notas florais e de ervas frescas.
Chocolate Branco
Diferente dos outros tipos de chocolate, que são produzidos a partir das amêndoas do cacau torradas, o chocolate branco utiliza a manteiga do cacau, que é extraída das sementes do fruto, o que deixa o doce com sabor mais suave e adocicado – e também permite um uso mais versátil em sobremesas. Para acompanhá-lo, um vinho do tipo branco doce sai do lugar comum e a sugestão do sommelier é o José Maria da Fonseca Moscatel de Setúbal Alambre 2017. Com aromas ricos de casca de laranja confitada, damasco seco, caramelo, e paladar untuoso, é deliciosamente equilibrado e acompanha sobremesas potentes em doçura.
Chocolate Amargo (70% cacau)
São considerados amargos os chocolates que levam a partir de 60% de massa de cacau na composição. Além disso, estas opções têm pouquíssimo ou nenhum açúcar e também não costumam levar leite na receita – são os queridinhos de quem quer opções mais saudáveis. Por não ser tão doce, o leque de combinações é maior. Lucas afirma que uma primeira opção seria um malbec argentino como o Las Moras Malbec Los Intocables, mas a harmonização perfeita acontece com Porto vintage, como o Fonseca Porto Vintage Quinta do Panascal 2008 ou LBV, como o Vieira de Sousa Porto LBV 2017.
Chocolate Ruby
De coloração naturalmente rosada, este tipo de chocolate que se tornou conhecido há alguns anos – mas ainda é considerado uma novidade – possui 47,3% de teor de cacau e 36% de gordura. O sabor é levemente doce, mostrando no paladar algo entre ácido, amargo e um azedinho no fundo da boca. A complexidade do sabor vem das notas frutadas e levemente ácidas que aparecem na fermentação e, depois que derrete na boca, lembra frutas vermelhas e limão taiti. Para combinar com essa belezinha, o sommelier sugere um vinho do tipo Marsala (um branco fortificado), sendo o Curatolo Arini Marsala Fine Semisecco uma ótima aposta.
Chocolate Gold
Outro tipo de receita, que tem como base o chocolate branco, que é caramelizado para dar origem a este outro sabor. É um “chocolate caramelo”, com notas ricas em caramelo, manteiga, creme e uma pitada de sal. Para combinar com toda a untuosidade do chocolate gold, Lucas sugere uma taça do o Vieira de Sousa Porto Fine Tawny, um tinto fortificado que não “briga”, mas acompanha a doçura do chocolate na boca.
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ALINE CAMARGO
Presse Comunicação