Reset Mundial: O Mundo precisa rever seus conceitos
Abril 15, 2020Por D.J. Castro
Especialista em branding e
Sócio-proprietário da Nexia Branding.
Temos arsenal bélico para explodir o planeta dez vezes e mais, mas não temos um hospital de reserva nos grandes centros e nem equipe médica suficiente para enfrentar uma pandemia. Temos milhões de soldados da reserva, mas nenhuma maneira estruturada de mobilizar uma força médica de emergência. Podemos notar que infelizmente a saúde não tem a prioridade que necessita.
Com o novo Coronavírus, muitas coisas mudaram e ainda vão mudar. Agora é momento de darmos reset no nosso sistema, ou seja, no Mundo. É um momento de redefinição de prioridades e um novo foco pra superar essa crise e seguir em frente com novos paradigmas. Precisamos de mudanças total e global. E, como provou o Darwinismo, não são os mais fortes, mais sim os mais adaptáveis que sobrevivem as crises.
E agora?
Muitos se perguntam: Como tudo isso vai mudar? O que vamos fazer para mudar? Como as coisas irão funcionar após as mudanças? Na prática, vai depender muito das ações do governo e atitudes e bom senso da sociedade.
Dois países vizinhos, a Alemanha e a Itália, estão tendo resultados completamente diferentes frente a pandemia do Coronavírus. A Itália está entrando em colapso enquanto a Alemanha tratou todos os doentes e tem uma taxa de mortalidade de 0,3%. E de acordo com estudos, o Brasil caminha pra ter um cenário pior que a Itália.
Aos consumidores e empresas
Os consumidores precisam, primeiramente, reavaliar as suas prioridades. Produtos supérfluos vão sofrer bastante com esse cenário pelo qual estamos enfrentando e, a demanda por produtos culturais vai aumentar consideravelmente. Quando as pessoas puderem voltar para as ruas, a demanda por espaços públicos de qualidade vai ser gigante. Um exemplo a se citar é em Blumenau, Santa Catarina, as pessoas irão perceber que não existem muitos espaços públicos de qualidade e, isso pode gerar mudanças nas prioridades da infraestrutura urbana.
É nítido que as empresas terão impactos violentos no caixa e precisarão encontrar um novo modo de sobrevivência. No momento todas estão dependendo de atitudes do governo para saber qual o próximo passo a se dar. De imediato, as empresas precisam tomas atitudes mais objetivas e, com isso, terão uma transformação digital na prática. O digital é o caminho para seguir.
Inovações
Peter Diamandis, fundador da Singularity University, costuma dizer que as empresas que prosperarão, serão aquelas que estão focadas em resolver os problemas da humanidade. Agora isso se torna mais verdade do que nunca. A nova fronteira de inovação não é mais a tecnologia de comunicação, é a biologia. Os governos serão forçados a dar prioridade aos sistemas de saúde, padrão de dignidade e saúde básica como direito universal para todos, não apenas no papel, mas, na prática.
Quebra total do corporativismo das atividades especializadas: agora a Telemedicina vira fato, assim como o atendimento à distância em outras disciplinas de conhecimento, como fisioterapia, psicologia e entre outras. Sistemas de IA/machine learning podem ajudar o profissional a ter mais produtividade e efetividade, mas não deverão ser utilizados sozinhos. Uma área para explodir conhecimento e novas soluções.
Sistema de educação à distância: infelizmente eles ainda são precários, mas tem um universo de desenvolvimento a ser feito. Existem muitas tecnologias para integrar e aumentar o engajamento, o entendimento e o rendimento das pessoas.
Base de dados médicos unificada: isso é para que cada cidadão tenha seu histórico médico acessível em qualquer lugar e se saiba o que já foi feito e o que pode ser feito. Essa é uma outra inovação e que tem mudanças grandes na legislação para serem feitas.
No futuro, as pessoas vão ser cada vez mais avaliadas pelo real valor que agregam à sociedade, não ao capital que conseguem alavancar. Já pensou se acabam os juros compostos e a economia passa a ser a valor real? Isso pode acontecer. Mas, por enquanto, seguimos em compasso de espera, aguardando o que vem pela frente e nos preparando para enfrentar o que vai acontecer e superar tudo isso.
—
NATHÁLIA HEIDORN
Presse Comunicação Empresarial