Setembro Vermelho: doenças cardiovasculares também podem trazer consequências à visão

Setembro Vermelho: doenças cardiovasculares também podem trazer consequências à visão

Setembro 21, 2021 Não Por Redação

 

 

Marcado pelo Dia Mundial do Coração (29/9), setembro é o mês dedicado ao alerta sobre doenças cardiovasculares, que estão entre as principais causas de morte no Brasil e no mundo. No chamado Setembro Vermelho, oftalmologistas também se unem à campanha de conscientização para mostrar a importância do acompanhamento médico e oftalmológico, para prevenir o comprometimento da visão.

“Problemas cardiovasculares podem ocasionar lesões no globo ocular. Os danos causados podem gerar perda visual grave e irreversível. As lesões mais comuns afetam a retina e o nervo óptico”, afirma a Dra. Ana Paula da Silva Maganhoto, oftalmologista do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, empresa do Grupo Opty, e especialista em doenças e cirurgia de Retina. Os principais sintomas apontados pelo médico são: visão turva, distorção das imagens e mancha escura no campo de visão.

Esclerose dos vasos sanguíneos da retina, sangramentos e inchaço na retina e nervo óptico podem ser detectados no exame de fundo do olho dos pacientes afetados por doenças cardiovasculares e indicar que o paciente tem algum problema sistêmico que merece atenção. Estudos populacionais já mostraram que cerca de 50% dos portadores de pressão alta não sabiam que tinham a doença. Uma ida ao oftalmologista, portanto, também pode ajudar no diagnóstico.

Corpo e olhos – Após avaliação do oftalmologista, podem ser recomendados tratamentos específicos, como aplicações de laser e de medicações intraoculares. Contudo, o especialista reforça que o controle da doença cardiovascular de base é fundamental. “A melhor forma de prevenção é cuidar da saúde cardiovascular. Recomenda-se aferir regularmente a pressão arterial e fazer check-up periódico com o cardiologista para diagnóstico e tratamento adequado de doenças cardiovasculares, como pressão alta, aterosclerose e arritmias cardíacas”, comenta a Dra. Ana Paula, que aponta que os problemas oculares causados por doenças cardiovasculares são mais comuns após os 50 anos de idade.

Dados do Estudo Global Burden of Desease – GBD 2017 revelam que, embora as taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil tenham diminuído significativamente nos últimos anos, o número total de mortes aumentou, provavelmente como resultado do crescimento e envelhecimento da população.

Pressão Alta – Conforme esclarece a Dra Ana Paula, a pressão alta descontrolada é um fator de risco e pode causar alterações nos vasos sanguíneos dentro do olho, que levam a redução do fluxo de sangue e consequente dano ao globo ocular. “Vale distinguir que a pressão alta sistêmica não causa aumento da pressão ocular. Entretanto, a pressão alta sistêmica pode causar dano direto ao nervo óptico e isso pode agravar lesões pré-existentes do nervo óptico em pacientes portadores de glaucoma”, explica. De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial de 2020, considera-se pressão arterial ótima aquela abaixo de 120 por 80 mm Hg.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 35% da população é hipertensa, mas praticamente metade não sabe disso. Entre os que têm conhecimento, 50% fazem uso de medicação, e, desses, apenas 45% têm a pressão controlada.

Infarto ocular – Os infartos oculares ocorrem por obstrução do fluxo das artérias ou veias da retina. Um dos principais fatores de risco para sua ocorrência também é a pressão alta. Como acontece nos infartos cardiovasculares, são mais frequentes, ainda, em pessoas com diabetes e fumantes. Por isso, o acompanhamento multidisciplinar do paciente é fundamental. Enquanto realiza o tratamento ocular, na maioria das vezes com aplicação de laser e medicação intraocular, deve-se também controlar a doença sistêmica causadora do problema, por meio de alimentação e vida saudável, além de medicamentos, de acordo com avaliação médica.

“O bloqueio de fluxo sanguíneo ocular não apresenta dor ou sangramento visível. Com isso, quando o paciente sente alguma alteração visual, geralmente já há perda parcial ou total da visão. Além disso, o problema pode ser recorrente, o que só corrobora para a importância de visitas regulares ao oftalmologista”, diz a Dra. Ana Paula.

Sobre o Opty

O Grupo Opty nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos oftalmologistas apoiados pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a prática da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. Nesse formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas e concentra seu foco no exercício da medicina.

Atualmente, é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando 22 empresas oftalmológicas, e mais de 2300 colaboradores e 750 médicos oftalmologistas. Além das marcas próprias HOBrasil (BA, DF, RJ e SP) e Centro Oftalmológico Dr. Vis (DF, RJ e SC), fazem parte dos associados: Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), Instituto de Olhos Villas (BA), Oftalmoclin (BA), Hospital Oftalmológico de Brasília (DF), Hospital de Olhos INOB (DF), Hospital de Olhos do Gama (DF), Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), Centro Oftalmológico Jaraguá do Sul (SC), Sadalla.Smart (SC), HCLOE (SP), Visclin Oftalmologia (SP), EyeCenter Oftalmologia (RJ), COSC (RJ), Oftalmax Hospital de Olhos (PE), UPO Oftalmologia – Unidade Paulista de Oftalmologia (SP), HMO – Hospital Medicina dos Olhos (SP) e Visão Center (PE), resultando em 58 unidades de atendimento. Visite www.opty.com.br.


Mariana Woj – Jornalista