SOS SC: Socorro imediato para cidades atingidas por desastres entra em pauta na Alesc

SOS SC: Socorro imediato para cidades atingidas por desastres entra em pauta na Alesc

Maio 24, 2023 Não Por Redação

 

 

 

Santa Catarina poderá, em breve, implementar uma política inovadora de socorro financeiro imediato a cidades atingidas por desastres naturais, o SOS SC. Nesta terça-feira, dia 23, a proposta de autoria do deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD) foi aprovada, por unanimidade, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para seguir a sua tramitação na Assembleia Legislativa, atendendo a uma antiga reivindicação dos prefeitos catarinenses.

O objetivo da iniciativa é garantir rápido acesso das prefeituras a verbas estaduais para ações de restabelecimento e pronta resposta a eventos climáticos extremos, possibilitando, por exemplo, a contratação de maquinário, limpeza de vias, desobstrução de bueiros e reparos pontuais em prédios públicos.

Historicamente, Santa Catarina sofre com a ocorrência de desastres e, ao longo dos últimos anos, tem registrado um aumento expressivo no número de episódios envolvendo enchentes, enxurradas e deslizamentos. Somente na reta final de 2022, mais de 30 cidades vieram a decretar situação de emergência em decorrência de estragos causados pelas chuvas.

Desde 1990, o estado possui um Fundo de Defesa Civil para investimentos emergenciais, contudo o processo para a obtenção dos recursos, na maioria das vezes, é moroso. “Não é possível considerar como resposta emergencial um procedimento que pode levar meses para ser finalizado. Quando um evento adverso ocorre, as prefeituras precisam trabalhar com rapidez para que a infraestrutura da cidade volte a funcionar e os cidadãos possam desempenhar suas atividades. Isso, é claro, demanda investimentos imediatos”, explica Napoleão.

Atualmente, segundo o deputado, o trâmite excessivamente burocrático faz com que as prefeituras gastem recursos dos próprios orçamentos para ações de restabelecimento. “Com dificuldades financeiras cada vez maiores, as prefeituras estão sufocadas e pedem socorro! Elas recebem a menor fatia do bolo tributário, no entanto, são mais cobradas e têm mais responsabilidade porque a vida das pessoas acontece nas cidades. Não é razoável que paguem essa conta sozinhas. Por isso, o Estado precisa criar mecanismos efetivos para facilitar o acesso delas aos recursos destinados a situações emergenciais”, afirma.

O projeto de lei estabelece que os municípios irão compor o Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, e com isso, terão acesso direto ao Fundo de Defesa Civil, que possui previsão orçamentária de R$ 122 milhões para 2023. De acordo com a proposta, as prefeituras poderão acessar os recursos em até 24 horas, após verificação inicial do desastre por técnicos da Defesa Civil do Estado. Posteriormente, os municípios deverão efetuar a prestação de contas para fins de controle e fiscalização dos gastos.

Foto: Vicente Schmitt / Agência AL


Julia Voigt